A construção dos anos 60 foi adquirida quando o telhado já estava prestes a cair. As únicas intervenções realizadas até então para transformar o objeto arquitetônico em obra de arte e espaço de exposição foram a troca da madeira do telhado, retornando com as telhas antigas (feitas nas coxas) e a retirada parcial da parede de adobe que separava um cômodo do resto da construção, deixando ainda mais aparente o material utilizado na construção do espaço.
A proposta é que a construção passe por diversas transformações internas, mantendo a fachada o mais intacta possível, buscando o PROCESSO como meio de produção de arte. A construção é proposta como uma obra sem fim, pois mesmo que não seja realizada intervenções conscientes no espaço, a intervenção do tempo também faz parte da obra.
Dentro do diálogo criado com os moradores se insere as “Relíquias”, trabalho também inserido na inauguração do Museu, que consiste nos objetos enferrujados “garimpados” durante a limpeza do terreno da Cosmo-oca e do Museu. Tentando mais uma vez trazer à tona a questão da memória e de processo (para o qual os objetos contribuíram, assim como o processo de decomposição, a ferrugem).
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